domingo, 28 de outubro de 2007

Amo muito

Às vezes fico tentando contar quantas pessoas já passaram pela minha vida. Sejam as com quem tive um contato superficial, mas que estiveram presentes em algum momento importante, até os amigos mais preciosos... Obviamente que não dá pra lembrar de todo mundo, mas procuro fazer um esforço pra não esquecer a maioria.

Mesmo estando numa fase em que acho a maioria das pessoas bem ordinárias e, por isso, desinteressantes, eu continuo gostando de conhecer gente nova, fazer novos amigos... Só que esse prazer a cada dia tem se tornado mais difícil. O que na infância e na adolescência é uma tarefa simples - ter amigos - na fase adulta se torna quase que um exercício. Manter um amigo exige disciplina e dedicação. Fazer um novo amigo significa se abrir para novas pessoas, novas experiências, deixando de lado preconceitos adquiridos ao longo da vida.

Pessoalmente, meu maior obstáculo na hora de fazer amigos é superar os preconceitos. Veja bem, não tenho absolutamente nada contra diferenças de raça, religião, origem ou opção sexual. Minha dificuldade é ignorar a burrice e o mau gosto musical das pessoas. E eu nem acho que esse meu preconceito seja cego. Vejamos: tornar-se amigo de uma pessoa requer muita conversa. A conversa, o diálogo, nada mais é que uma troca. Troca de informações, de raciocínio, de experiências... A pessoa tem que se dispor a ouvir, pensar e falar, exatamente nesta ordem. A burrice representa a incapacidade de a pessoa pensar. Dá pra agüentar alguém que fale sem pensar?!

O gosto musical parte do pressuposto de que a música está em qualquer lugar. É difícil andar no carro de alguém que só ouve pagode e funk. Como é que eu vou manter amizade com um(a) sujeito(a) sabendo que o churrasco de aniversário vai ser animado por uma banda de pagode ou que, ao chamá-lo(a) para sair no sábado, ele(a) vai querer ir pra um baile funk? Nem a pau, Juvenal! Mas admito que esse preconceito é mais fácil de superar que o anterior. Com um joguinho de cintura e umas três doses de paciência (ou álcool) você até agüenta um encontro com as amigas com o DVD da Ivete tocando ao fundo. Pode até ser divertido, se você for uma pessoa otimista... Você pode se entreter metendo pau no figurino e afirmando com toda a certeza do mundo de que a “artista” só tem aquele pique todo porque se entope de bala e coca.

Antes que eu perca o foco deste post e me torne a chata da vez, preciso dizer apenas que, conhecendo muito bem as minhas limitações (as quais tenho tentado superar, juro!), é que eu prefiro me dedicar aos amigos que já conquistei. Não sou a pessoa mais social que conheço. Não sou do tipo que chega em um lugar e passa 3 horas cumprimentando os conhecidos. Mas me orgulho de ter um número razoável de amigos próximos... Posso contar que, ao longo da vida, tive pelo menos uns 15 “melhores” amigos. Atualmente, conto 5. Uma mão, só de amigos íntimos, nos quais confio e conto pro que der vier, e pelos quais faço qualquer coisa...

Tem a vizinha. A prima que é uma irmã. A amiga de colégio que agora é minha “cumadi”. Tem o mais alto e narigudo de todos. Tem um que, não importa o que aconteça em nossas vidas, nada abala a amizade e isso já tá provado. Tem os companheiros de faculdade, a revolucionária e o cabeçudo. Tem aquele que eu conheci no dia 21 de agosto de 2000. Tem a hippie-chic fabulosa que conheci na fila da carteirinha no primeiro dia de aula do Curso de Direito. Aquele que está sempre disposto a mandar a quebrar as pernas de quem me fizer mal... do qual sou dependente no benefício-viagem. Tem a mais espetaculosa de todas, a nossa eterna miss. Tem a meiguinha que tem 245.456 fãs e isso não é exagero. O grosso e mal-educado, mas que a gente ama e pronto.

Deixei alguém de fora?

Sim, deixei aquela a quem dedico o post. A fabulosa que casou e se mudou pra terra do Tio Sam. Uma das melhores e mais dedicadas amigas que já tive. Pessoa de boa índole, caráter e personalidade. Companhia fácil e agradável. O tipo de amiga que gostaria de ser: topa qualquer parada sem reclamar. O tipo de amiga que você pode conversar sobre qualquer coisa... ela sempre terá algo interessante a dizer. Aquela que sabe te dizer verdades sem te magoar (um dom raro). Enfim... a eterna fabulosa: Linda B.

Com certeza, vou morrer de saudades. Já estou morrendo de saudades!! To torcendo pela felicidade do casal fabuloso. E tenho a certeza de que toda essa distância é muito menor que nossa amizade.

Amo muito, sim!
Liz P.

Um comentário:

Anônimo disse...

adorei "a hippie-chic fabulosa que conheci na fila da carteirinha no primeiro dia de aula do Curso de Direito"

amigas on line agora!!!
amo!!!!!!!!